O Sr. X..., um dos nossos mais ilustres literatos, a 11 de fevereiro último estava em casa da Srta. Huet, com seis outras pessoas, há tempo iniciadas nas manifestações espíritas. O Sr. X... e a senhorita assentaram-se face a face, numa mesinha escolhida pelo Sr. X... Este tirou um papel do bolso, absolutamente limpo, dobrado em quatro e por ele marcado com um sinal quase imperceptível, mas suficiente para ser identificado. Colocou-o sobre a mesa e o cobriu com seu lenço branco. A senhorita Huet pôs as mãos sobre a ponta do lenço. De seu lado, o Sr. X... fez o mesmo, pedindo aos Espíritos uma manifestação direta, com uma finalidade instrutiva. O Sr. X... fez o pedido de preferência a Channing, que para isso foi evocado. Ao cabo de dez minutos, ele próprio levantou o lenço e retirou o papel, que tinha escrito de um lado o esboço de uma frase, traçada com dificuldade e quase ilegível, mas na qual se podia descobrir os rudimentos destas palavras: Deus vos ama. Na outra face estava escrito: Deus, no ângulo exterior, e Cristo, no fim do papel. Esta última palavra estava escrita de maneira a deixar um vinco na folha dupla.
Uma segunda prova foi feita nas mesmas condições e, ao cabo de um quarto de hora, o papel continha, na face inferior, e em caracteres fortemente traçados em preto, estas palavras inglesas: God loves you e, abaixo, Channing. No fim do papel estava escrito em francês: Fé em Deus. Enfim, no verso da mesma página, havia uma cruz com um sinal semelhante a um caniço, ambos traçados com uma substância vermelha.
Terminada a prova, o Sr. X... exprimiu à Srta. Huet o desejo de, por seu intermédio, como médium escrevente, obter algumas explicações mais desenvolvidas de Channing. Entre ele e o Espírito estabeleceu-se este diálogo:
─ Channing, estais presente?
─ Eis-me aqui. Estais contente comigo?
─ A quem se dirige o que escrevestes, a todos ou a mim particularmente?
─ Escrevi esta frase, cujo sentido se dirige a todos os homens. A experiência da escrita em inglês, no entanto, é para vós, em particular. Quanto à cruz, é o sinal da fé.
─ Por que a fizestes em vermelho?
─ Para vos pedir que tenhais fé. Eu não podia escrever porque era muito longo, então vos dei um sinal simbólico.
─ O vermelho é, pois, a cor simbólica da fé?
─ Certamente. É a representação do batismo de sangue.
OBSERVAÇÃO: A Srta. Huet não sabe inglês e o Espírito quis dar, assim, uma prova a mais de que seu pensamento era estranho à manifestação. Ele o fez espontaneamente e plenamente de acordo com a sua vontade, mas é mais do que provável que se lhe houvessem pedido como prova ele não teria atendido. Sabe-se que os Espíritos não gostam de servir de instrumento visando experiências. As provas mais patentes, por vezes, surgem quando menos se espera, e quando os Espíritos agem livremente, às vezes dão mais do que se lhes teria pedido, seja porque desejam mostrar sua independência, seja porque, para a produção de certos fenômenos, seria necessário o concurso de circunstâncias que nem sempre nossa vontade é suficiente para proporcionar. Nunca seria demasiado repetir que os Espíritos têm seu livre-arbítrio e querem provar-nos que não estão submetidos aos nossos caprichos. Por isso, raramente acedem ao desejo da curiosidade.
Uma segunda prova foi feita nas mesmas condições e, ao cabo de um quarto de hora, o papel continha, na face inferior, e em caracteres fortemente traçados em preto, estas palavras inglesas: God loves you e, abaixo, Channing. No fim do papel estava escrito em francês: Fé em Deus. Enfim, no verso da mesma página, havia uma cruz com um sinal semelhante a um caniço, ambos traçados com uma substância vermelha.
Terminada a prova, o Sr. X... exprimiu à Srta. Huet o desejo de, por seu intermédio, como médium escrevente, obter algumas explicações mais desenvolvidas de Channing. Entre ele e o Espírito estabeleceu-se este diálogo:
─ Channing, estais presente?
─ Eis-me aqui. Estais contente comigo?
─ A quem se dirige o que escrevestes, a todos ou a mim particularmente?
─ Escrevi esta frase, cujo sentido se dirige a todos os homens. A experiência da escrita em inglês, no entanto, é para vós, em particular. Quanto à cruz, é o sinal da fé.
─ Por que a fizestes em vermelho?
─ Para vos pedir que tenhais fé. Eu não podia escrever porque era muito longo, então vos dei um sinal simbólico.
─ O vermelho é, pois, a cor simbólica da fé?
─ Certamente. É a representação do batismo de sangue.
OBSERVAÇÃO: A Srta. Huet não sabe inglês e o Espírito quis dar, assim, uma prova a mais de que seu pensamento era estranho à manifestação. Ele o fez espontaneamente e plenamente de acordo com a sua vontade, mas é mais do que provável que se lhe houvessem pedido como prova ele não teria atendido. Sabe-se que os Espíritos não gostam de servir de instrumento visando experiências. As provas mais patentes, por vezes, surgem quando menos se espera, e quando os Espíritos agem livremente, às vezes dão mais do que se lhes teria pedido, seja porque desejam mostrar sua independência, seja porque, para a produção de certos fenômenos, seria necessário o concurso de circunstâncias que nem sempre nossa vontade é suficiente para proporcionar. Nunca seria demasiado repetir que os Espíritos têm seu livre-arbítrio e querem provar-nos que não estão submetidos aos nossos caprichos. Por isso, raramente acedem ao desejo da curiosidade.